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Para aumentar a duração dos efeitos, várias catinonas sintéticas são consumidas numa primeira dose elevada (“boosting”), seguida de doses mais pequenas (“bumping”). [1]

Tal como acontece na maioria das drogas, a via de administração determina o inicio da ação e a duração dos efeitos. Muitos utilizadores preferem combinar o rápido inicio de ação da inalação com os efeitos prolongados da ingestão, resultando numa intoxicação mais duradoura.

Por exemplo:

  • A inalação de mefedrona demora cerca de 10 a 20 minutos para surtir efeito e tem uma duração de ação de 1 a 2 horas, sendo a dose normal de 5 a 125mg.

  • Já a ingestão desta catinona sintética demora cerca de 15 a 45 minutos a surtir efeito e a sua duração 2 a 4 horas, sendo a dose normal ingerida entre 15 a 250mg.

 

No entanto, os efeitos são reportados com uma dose mínima de 3 a 5mg. [1]

Vias de exposição e dependência
Vias de administração preferidas pelos consumidores [1], [2]

Estas drogas apresentam um elevado potencial de dependência! A mefedrona pode ter um potencial de abuso comparado com o da cocaína e do metanfetamina, pois apresentam os mesmos sintomas de adição central, como, por exemplo, perda de controlo e desejo. [3]

Outras vias recorridas pelos consumidores [1], [2]

Risco de DEPENDÊNCIA

Os efeitos de abstinência foram descritos em consumidores de doses elevadas, e incluem sintomas como:

Embora as doses habituais de MDPV são normalmente entre 5 a 30 mg por injeção, alguns utilizadores reportaram tolerância após o consumo de doses superiores a 200 mg numa só sessão. [4]

Estas drogas apresentam um elevado potencial de dependência! A mefedrona pode ter um potencial de abuso comparado com o da cocaína e do metanfetamina, pois apresentam os mesmos sintomas de adição central, como, por exemplo, perda de controlo e desejo. [4]

Síndrome de ABSTINÊNCIA

Risco de TOLERÂNCIA

Numa amostra de 1506 consumidores,

57% usavam a via inalatória como forma de administração preferencial,

28% usavam a via oral e

3% a via intravenosa e/ou intramuscular. [5]

Uma sondagem realizada através da internet relativamente ao consumo de mefedrona revelou que:

Comunicação de Risco
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Vias de exposição e dependência

Os bath salts não são uma combinação definida de drogas. Podem até consistir numa só catinona sintética ou numa combinação de várias catinonas. [7]

Assim, neste tópico damos-te a conhecer alguns mecanismos que estão subjacentes à sua toxicidade.

Um melhor conhecimento acerca dos mecanismos moleculares e celulares, envolvidos na neurotoxicidade induzida por catinonas sintéticas, contribui para gerar novas abordagens terapêuticas para prevenir ou atenuar os efeitos adversos destas drogas em humanos!

Os fatores sociais e económicos combinados com os efeitos eufóricos das catinonas sintéticas motivam o seu uso.

 

Este consumo ocorre, normalmente, em ambientes sociais, como em festas alternativas ou festas em casas de amigos. [6]

Grupos de risco

Estudos específicos em relação ao consumo de mefedrona [6]:

Além destes grupos de risco, tem existido uma crescente preocupação acerca de uma nova tendência entre homens homossexuais envolvidos em “Chem Sex Parties”.

 

As catinonas sintéticas são injetadas em combinação com outras drogas, como metanfetaminas (UK), cocaína (França) e sildenafil para aumentar as experiencias sexuais. Estas festas podem durar poucas horas até alguns dias, com os indivíduos a envolverem-se em praticas sexuais de risco (por exemplo, não usar preservativo, partilha de inúmeros parceiros). Devido a estas razoes, existe um elevado risco de propagação de doenças sexualmente transmissíveis (DST), como, por exemplo, HIV e hepatite C. [2]

"Inside The Dark, Dangerous World of Chemsex"

Imagens retiradas de Buzz Feed (www.buzzfeed.com)

Jovens entre os 15 e 24 anos.

Referências bibliográficas:

[1] Katz, D. P., Bhattacharya, D., Bhattacharya, S., Deruiter, J., Clark, C. R., Suppiramaniam, V., & Dhanasekaran, M. (2014). «Synthetic cathinones:“a khat and mouse game”». Toxicology letters, 229(2), 349-356.

[2] Karila, L., Megarbane, B., Cottencin, O., & Lejoyeux, M. (2015). "Synthetic cathinones: a new public health problem". Current neuropharmacology, 13(1), 12-20.

[3] Karila, L., Billieux, J., Benyamina, A., Lançon, C., & Cottencin, O. (2016). "The effects and risks associated to mephedrone and methylone in humans: a review of the preliminary evidences". Brain research bulletin, 126, 61-67.

[4] Coppola, M., & Mondola, R. (2012). «Synthetic cathinones: chemistry, pharmacology and toxicology of a new class of designer drugs of abuse marketed as “bath salts” or “plant food”». Toxicology letters, 211(2), 144-149.

[5] Ribeiro, E., Magalhaes, T., & Dinis-Oliveira, R. J. (2012). "Mefedrona, a nova droga de abuso: farmacocinética, farmacodinâmica e implicações clínicas e forenses". Acta Med Port, 25(2), 111-117.

[6] German, C. L., Fleckenstein, A. E., & Hanson, G. R. (2014). "Bath salts and synthetic cathinones: an emerging designer drug phenomenon". Life sciences, 97(1), 2-8

[7] Angoa-Pérez, Mariana, John H. Anneken, and Donald M. Kuhn. "Neurotoxicology of synthetic cathinone analogs." (2016): 1-22.

Grupos de risco
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